Pinguins de 2000 e 2001


Informalmente, sabe-se que há décadas um ou outro pinguim costuma aparecer no litoral do Espírito Santo, sendo normalmente acolhido pela população. O acontecimento é considerado comum por profissionais da área de ciências naturais, em que os pinguins perdidos são considerados como um descarte da seleção natural: inaptos à sobrevivência. No entanto, com a crescente interferência humana nos ecossistemas oceânicos e costeiros, o número de pinguins encalhados em nosso litoral tem aumentado gradativamente nos últimos anos. Possivelmente esses registros recentes de encalhes massivos de pinguins reflitam alterações ambientais que mereçam maior atenção.

O primeiro registro científico de pinguins em grande quantidade (leia aqui) data de 2001, onde são relatados 65 exemplares entre os anos de 2000 e 2001. O atendimento era improvisado e inédito no ES, com a participação do Projeto TAMAR, da Escola de Pesca de Piúma, do Centro Universitário Vila Velha e da Polícia Ambiental, que se dedicavam ao máximo para resgatar todos os animais. Desde essa época o biólogo Nelson Welerson Silva já alertava sobre "a necessidade de uma estrutura mais específica para reabilitação e destinação segura destas aves". Algumas reportagens do jornal A Gazeta no ano 2000 mostram a mobilização que ocorria por conta dos pinguins: