Reabilitação de Atobás-pardos no IPRAM

Dois atobás-pardos (Sula leucogaster) foram atendidos, reabilitados e soltos no segundo semestre de 2016. Um dos casos era muito grave e precisou de mais de quatro meses de internação, em que o paciente teve a asa cortada possivelmente por linha de pipa (em uma época com intensa atividade desse tipo na Praia de Itaparica, em Vila Velha, ES). Essa ave foi resgatada por um Guarda-Vidas da Prefeitura Municipal de Vila Velha e foi recolhido por um técnico do Projeto de Monitoramento de Praias da Petrobras, que o levou até o IPRAM. Durante o longo tratamento o ferimento foi tratado, e foram feitos exames coproparasitológicos e hemograma.





O outro paciente apresentou um caso simples, porém estranho: a ave tinha as penas primárias de voo arrancadas. Suspeita-se que alguém tentou mantê-la em cativeiro ilegal antes de ser resgatada, o que é um absurdo, diante das dificuldades de se manter uma animal desses em cativeiro (urina e defeca excrementos de consistência mole e aquosa constantemente, e se alimenta exclusivamente de peixe). Imagine só que péssima idéia tentar manter essa ave marinha como animal de estimação. Além de ser uma situação desagradável para a pessoa e para o animal, o infrator pode receber multa e até mesmo ser preso, caso se comprove maus-tratos.




Para a soltura no início de dezembro de 2016, as aves foram identificadas com uma anilha metálica do CEMAVE/ICMBio, com numeração individual. Assim, caso sejam recapturados no futuro, saberemos quem são esses animais. Embora esses dois exemplares tenham sido devolvidos à vida livre, o Centro de Reabilitação de Animais Marinhos continua com outros atobás-pardos em reabilitação.




O Centro de Reabilitação de Animais Marinhos do Espírito Santo é resultado da parceria entre o IPRAM e o IEMA, do Governo do Estado do Espírito Santo.

O incremento no atendimento às aves marinhas através do PMP-BC/ES da Petrobras é resultado de uma condicionante de licenciamento ambiental conduzida pelo IBAMA.