Montagem de esqueleto de boto-cinza (Sotalia guianensis)

Uma carcaça de boto-cinza (Sotalia guianensis) foi necropsiada no Centro de Reabilitação de Animais Marinhos do Espírito Santo (CRAM-ES) em 2016, e teve o esqueleto separado e submetido ao processo de maceração para montagem de seu esqueleto. O animal, uma fêmea adulta, foi a óbito por emalhe em rede de pesca, que o levou a asfixia. As evidências podiam ser vistas em sua superfície corporal, na região do pescoço (apesar do avançado estágio de autólise e putrefação).


O esqueleto foi montado por nossa equipe de colaboradores e estagiários, levando várias semanas para ficar pronto. Além de ensinar sobre a anatomia da espécie, o esqueleto de boto-cinza ajuda na conscientização ambiental das pessoas, sendo um exemplo de como as ações humanas podem impactar o ambiente marinho. Uma revisão bibliográfica realizada pelo IPRAM detectou que apenas entre 1983 e 2015 foram registradas 318 carcaças de boto-cinza no Espírito Santo, muitas delas vitimadas por emalhe. O CRAM-ES só recebe carcaças de cetáceos muito raramente, em situações atípicas. No Espírito Santo, as instituições que normalmente estudam esses animais são o Instituto Baleia Jubarte e a Organização Consciência Ambiental. O Centro de Reabilitação de Animais Marinhos do Espírito Santo (CRAM-ES) funciona através da parceria entre o IPRAM e o IEMA, do Governo do Estado do Espírito Santo.