Em 04 de junho de 2015 um pé-vermelho (Amazonetta brasiliensis) foi visto vagando errante por uma região urbana de Vila Velha. Nosso amigo Alexandre W. Afonso da Prefeitura Municipal de Vila Velha (PMVV) fez o resgate do animal e o encaminhou ao IPRAM para avaliação clínica. No IPRAM, não se observou nenhuma alteração. O animal estava ativo, com bom escore corporal, temperatura normal e se alimentava. Possivelmente de desgarrou do bando durante algum evento (climático, predação, deslocamento).
Nos poucos dias em que ficou em cativeiro teve à sua disposição uma grande piscina com alimento à vontade, com preferência por comer peixes vivos.
A operação de soltura não poderia ser tão simples como em outros casos. Essas aves costumam ser vistas em bandos ou formando casais, e soltar nosso hóspede sozinho e desprotegido em um ambiente natural qualquer poderia resultar em uma morte precoce. Seria preciso encontrar um local conservado e com abundante biodiversidade, onde pudéssemos encontrar outros exemplares da mesma espécie.
Dessa forma, a soltura foi planejada para ocorrer na Área de Preservação Permanente (APP) Lagoa Encantada, uma área com 1.194.804.85 m2 com diversas espécies animais entre bairros do município de Vila Velha. Berçário de Garças e Jacarés, dentre outras espécies, a APP Lagoa Encantada é formada por fragmentos de Mata Atlântica, Restinga e Manguezal, de forma que biólogos lutam para que esse importante local seja transformado no Parque Natural Lagoa Encantada. Mais informações podem ser encontradas na página https://applagoaencantada.wordpress.com/ e no facebook.
A ave foi solta em um lago, nas proximidades diversos bandos de anatídeos, que só se aproximaram dela quando nos afastamos vários metros.
O Centro de Reabilitação de Animais Marinhos é resultado do Acordo de Cooperação Técnica (n.67/2013) do IPRAM com o IEMA.
