Em 1 de janeiro de 2016 foi transferida para o IPRAM uma tartaruga-verde (Chelonia mydas) que estava em tratamento em outra instituição, desde agosto de 2015. Originalmente resgatado em Jacaraípe, Serra - ES, o paciente apresentava fraturas na carapaça sugestivas para colisão com embarcação, era acometido por numerosos tumores sugestivos para fibropapilomatose, inclusive nas duas pálpebras, e estava perdendo peso gradativamente. Foram realizados tratamentos das feridas, exames radiográficos, análise dos parâmetros hematológicos, e, pouco a pouco, observamos aumento do peso corporal e cicatrização das lesões. Na fase inicial as fraturas na carapaça foram cobertas com resina odontológica metacrilato para evitar a entrada de água na parede da cavidade celomática. Posteriormente, as fraturas foram tratadas de forma aberta. No fim da tratamento, os tumores foram delicadamente removidos com o animal anestesiado. Durante toda a reabilitação a tartaruga apresentou muito apetite e controle da própria flutuabilidade. Em agosto de 2016, após quase um ano de cativeiro, a tartaruga marinha foi devolvida à vida livre no Centro TAMAR em Vitória, ES. Antes da soltura o TAMAR realiza ações de educação ambiental e conscientização do público presente no local, o que é muito importante, uma vez que na Grande Vitória concentram-se tartarugas-marinhas, esportes aquáticos e trânsito de embarcações (uma combinação perigosa). Também foi realizada a marcação do animal com anilhas metálicas, para que seja identificado em caso de recaptura ou reavistagem.
O Centro de Reabilitação de Animais Marinhos do Espírito Santo é resultado da parceria entre o IPRAM e o IEMA, do Governo do Estado do Espírito Santo.
O incremento no atendimento às tartarugas marinhas através do PMP-BC/ES da Petrobras é resultado de uma condicionante de licenciamento ambiental conduzida pelo IBAMA, com o apoio do Projeto TAMAR (ICMBio).
Nossa paciente gostava de esfregar a carapaça nesse quadro confeccionado com cano de PVC.