Tratamento da Tartaruga Robocop

Em novembro de 2016 recebemos um paciente em estado muito grave; uma tartaruga-verde (Chelonia mydas) juvenil gravemente machucada. Por toda a sua superfície corporal podia-se observar focos de trauma com exposição óssea, ferimentos necrosados e lesões abrasivas com perda do tegumento. Mas apesar do quadro crítico, toda a equipe de biólogos e veterinários do IPRAM se dedicou intensamente ao tratamento. A tartaruga recebeu medicamentos para remoção da dor e antibióticos, e conforme recebia novos curativos, foi apelidada de "Robocop". Durante o tratamento Robocop precisou ter a extremidade (necrosada) da nadadeira anterior direita amputada, e teve os focos de exposição óssea cobertos por resina odontológica, que tem a função de simular a proteção natural da carapaça. Após muitas semanas de recuperação em recinto acolchoado, finalmente Robocop foi transferida para um tanque de água salgada, onde surpreendeu a todos ao demonstrar grande atividade física e apetite. Robocop terminou seu tratamento em 2017, após 211 dias de tratamento, sendo devolvida à vida livre em junho, em uma parceria com o Projeto TAMAR em Vitória, ES.















O Centro de Reabilitação de Animais Marinhos do Espírito Santo é resultado da parceria entre o IPRAM e o IEMA, do Governo do Estado do Espírito Santo.

O incremento no atendimento às tartarugas marinhas através do Projeto de Monitoramento de Praias da Petrobras nas bacias de Campos e Espírito Santo é resultado de uma condicionante de licenciamento ambiental conduzida pelo IBAMA, com o apoio do Projeto TAMAR (ICMBio).